Numa breve apresentação somos um grupo de pessoas interessadas em transgredir as fronteiras entre a ficção e a realidade. Tentamos, portanto, transgredir a realidade com o intuito de posteriormente a identificarmos. O que nos move não é apenas o espectador enquanto ente, mas também a mensagem que lhe tentamos transmitir enquanto destinatário da palavra. Em última instância o que nos concretiza é sentir que por momentos conseguimos fazer o espectador viajar por dois mundos: o da ficção e o da realidade. Facilmente compreendemos que a mentira não é o que nos move, mas é a mentira que nos leva a atravessar a margem da realidade para alcançar a margem da ficção. Será imporssível falar-se de mentira no seio de este grupo, uma vez que o que pretendemos pôr em cena é algo cujo referente não nos é tado e tem, portanto, de ser imaginado, ou, na maior parte das vezes encenado. É verdade que por vezes queremos dizer coisas diferentes daquelas que, de facto, dizemos, mas é apenas o sentido ficcional da história que pode iluminar o que parece incompreensível. Enquanto actores pretendemos ser o mais natural e verdadeiros que possamos, porém enquanto portadores de uma experiência ficcional a ocultação é fundamental... é dela que depende o regresso disfarçado!!!
