terça-feira, 6 de maio de 2008

O Con (s)certo - Estreia dia 23 de Maio

Karl Valentim


O CON (S)CERTO
versão de Carlos Carvalheiro baseada em três textos de Karl Valentim “O Aquário”, “O Projector Avariado” e “O Ensaio da Orquestra”.

Produção: Grupo de Teatro Apollo, Maio 2008
Grupo Colaborante: Sociedade Filarmónica Ouriense
Encenação: Dora Conde

O Con (s)certo é uma colagem de três textos de Karl Valentim: “O Aquário”, “O Projector Avariado” e “Ensaio de Orquestra” e deve o seu nome ao facto de se tratar de um conserto de um projector e de um concerto de música. A avaria de um projector não permite que o Sr. Prazeres, regente da banda prossiga com os ensaios. Concertado o projector, são os músicos que desconcertam todos os planos de ensaio do Regente da banda.

Sobre o autor:
Karl Valentim nasceu em 1882 e morreu em 1948. Karl Valentin era um actor magro e hipocondríaco que iniciou a sua vida de trabalho como marceneiro, nos arredores de Munique, na Alemanha.Quando o pai morreu, em 1906, vendeu a carpintaria que herdara do progenitor e montou uma orquestra de 20 instrumentos que partiu em digressão pelo país.Foi um fracasso. A sua carreira de comediante começa verdadeiramente quando conhece Liesl Karlstadt a sua grande companheira de cena. Actuando em cabarets e outros pequenos teatros alcançam grande sucesso que rapidamente extravasa para o cinema. Brecht, de início, trabalhou com Karl Valetim, e o próprio diz que foi com Valentim que mais aprendeu. Com o advento do nazismo Karl Valentin entra em queda. Consideravam eles que as peças de Valentin tinham “tendência para a pobreza” e por consequência deveriam ser boicotadas. O público também se esqueceu... e Valentin morre na miséria por causa de uma pneumonia. No entanto as novas gerações redescobriram-no e é hoje um ícone da Alemanha, sendo considerado unanimemente um dos inventores do “Café Concerto”. Em 1979, o Teatro da Cornucópia dá-o a conhecer ao público português. O humor seco e absurdo mas, inteligente, de Karl Valentin faz grande sucesso no público do circuito do teatro independente.
O cómico Karl Valentim, o mais hábil desconversador que existe, tem a falta de jeito do palhaço pobre, o gosto dos putos pelas partidas. O seu humor é uma mistura maravilhosa de imbecilidade e de pensamento. Quanto maior é o cómico, quanto mais horripilante e desesperadamente ele traz para a forma cómica a nossa estupidez e a nossa desumanidade estúpida e medrosa, tanto mais a gente se ri. O Sr. Karl Valentim é gente séria.

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